quinta-feira, agosto 31, 2017

Uma aula de ideologia

O professor Cavaco Silva voltou a dar aulas. Felizmente não foi sobre economia nem sobre finanças públicas, onde a sua prática enquanto primeiro-ministro e presidente da República foi desastrosa.

Desta vez voltou-se para a ideologia, que diz combater, mas o que ele combate é tudo o que lhe cheire a esquerda, como sempre.
Desde que Francisco Sá Carneiro teve a infeliz ideia de o escolher para ministro das finanças,  o modelo ideológico de Cavaco Silva não se alterou e quando se tornou primeiro-ministro  só não regressamos ao Salazarismo porque a porta da união europeia já tinha sido aberta por Mário Soares.

Cavaco Silva  foi  a Castelo de Vide destilar um pouco do veneno que vem acumulando desde que foi obrigado a dar posse ao primeiro-ministro António Costa. Não aguentava mais e foi despeja-lo sobre quem sabia que o ia aceitar de bom grado: os meninos e as meninas da JSD.

Ao entregar a formação ideológica dos seus jovens a Cavaco Silva, o PSD prestou um péssimo serviço ao país e a si próprio, já que a história não volta para trás por muito que tentem.
Depois do apoio ao candidato racista de Loures e do discurso xenófobo do Pontal, nada melhor do que uma aula de Cavaco Silva para cimentar a deriva de extrema direita prosseguida por Pedro Passos Coelho.


1 Comentários:

Às 31/08/17, 13:58 , Blogger J. Cosme disse...

O pio do mocho.
Que falta fará o antiquíssimo presidente da República ao atual PSD? Simplesmente, convém que recorde a forma "professoral" e definitiva como defendeu a famigerada troika e, sobretudo, como definiu e apoiou intransigentemente o seu partido. Aquele grupo terrorista que escondeu os bandalhos que tudo fizeram para destruir o sistema financeiro e que apoiaram sem limites o fim da união europeia.
Pena é que tenha "descoberto" a grave doença que levou o pobre mocho a perder definitivamente o pio...
Ou, o que é ainda mais grave, que tenha esquecido a vida digna da Tyto Alba, tão amiga do pobre mocho a quem S. Exa. fez perder o pio.
Que pena que o tempo da sua reforma não seja aproveitado para ensinar os jovenzinhos a ser gente capaz de ser honesta e isenta de críticas estúpidas e incompetentes.
É curioso que, pela primeira vez, eu tenha ouvido dizer que "a realidade é o exato contrário da ideologia".
O meu espanto reside não nos princípios filosóficos novos, mas na convicção de que a ideologia que levou S. Exa a condecorar dois miseráveis pides seja, afinal, a realidade que foi sempre a mãe de todas as "inovações" que contribuíram para a "nova economia" que foi a base das alterações neoliberais da UE.

 

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