quarta-feira, janeiro 02, 2013

Passar a batata quente

Até ontem, havia razões para pensar que o Presidente da República , Aníbal Cavaco Silva, seria um dos raros portugueses que se identificavam  e concordavam com as medidas previstas no  orçamento para 2013. Tendo-o promulgado na última Sexta-Feira, tudo apontava para que assim fosse.
Afinal, não é. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, acha que o Orçamento para 2013 “suscita fundadas dúvidas sobre a justiça na repartição dos sacrifícios”.
Se bem me lembro,  foi exatamente por não haver justiça na “repartição dos sacrifícios” que o Tribunal Constitucional  considerou inconstitucional o Orçamento de 2012 …  
Ora, se o Presidente da República acha que o orçamento de 2013 padece do mesmo mal, devia ter pedido ao  Tribunal Constitucional a sua fiscalização prévia.  Mas não. Promulgou-o! Porém, como quer estar bem com Deus e com o Diabo,  manda-o para fiscalização sucessiva.
Ou seja: Primeiro, manda o barro à parede, depois, lava daí as mãos. Um Pilatos, ao vivo e a cores…

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