quinta-feira, setembro 20, 2012

À deriva


Até há pouco mais de uma semana, tanto do lado do PSD como do lado do CDS, jurava-se a pés juntos que a coligação estava unida e o governo coeso. O pais ouvia expectante, mas nem tugia nem mugia, a ver onde paravam as modas.
Eis senão quando, numa tarde de jogo da seleção, com o país sentado no sofá para ver o Cristiano Ronaldo, o primeiro-ministro aproveitou a audiência  para  desvendar o que estava a preparar para o Orçamento de 2013: Mais impostos, menos salários, menos pensões, mais sacrifícios para todos. Só os patrões é que ficavam beneficiados, pagando menos 5% para a TSU.
No governo, a ninguém passou pela cabeça que o povo se enxofrasse. Se era apenas mais do mesmo...
Paulo  Portas andava a passear pelo estrangeiro, mas o CDS,  não querendo deixar os créditos todos para ao PSD, encarregou o ministro Lambreta Soares de defender a medida.
O resto é conhecido: Com o governo a submergir na onda de indignação que provocou, Paulo Portas foi o primeiro a saltar para o salva-vidas, abandonando o parceiro de coligação. Só, no meio da tormenta, com o barco da governação a meter água por todos os lados, Passos Coelho pede aos trânsfugas que o salvem.  
Sabe Deus o que isso lhe vai custar...
 

1 Comentários:

Às 20/09/12, 10:49 , Blogger J. Cosme disse...

Conclusões:

1. O menino Portas tem o comportamento habitual, isto é, é falso como Judas. Já todoa a gente sabia, exceto o menino Passos que não sabe nada de nada;
2. Este povo, tão lesto a cantar nas ruas que "o povo unido jamais será vencido", acobarda-se na hora de votar;
3. Até parece que a verdade é mesmo que não há alternativa. Pois, se já experimentámos tudo, o que nos resta afinal?
Eu tenho a resposta: ir para a rua e dar muitos beijinhos e abraços aos srs. polícias e afins...

 

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