domingo, novembro 09, 2008

Manifestações

Os professores fizeram ontem mais uma grande manifestação em Lisboa. Embora os dirigentes sindicais digam que estão contra este modelo de avaliação, nunca mostraram disponibilidade para apoiar qualquer modelo que permitisse distinguir os bons professores dos menos bons, de forma a contribuírem, como é sua obrigação, para a melhoraria da competitividade do ensino público.
Entretanto marcaram mais manifestações: Dia 25 no Norte, dia 26 no Centro, dia 27 na Grande Lisboa e dia 28 no Sul. Rematam com uma greve em 19 de Janeiro.
"O que vai dizer a sr.ª ministra, no final do ano lectivo e a três meses das eleições, a cem mil professores? Que não vão progredir na carreira?", perguntou Mário Nogueira, num acto falhado que diz tudo sobre a boa-fé do dirigismo sindical dos professores.
No calor da inflamação, Mário Nogueira disse ainda que a Ministra da Educação não tinha vergonha na cara. Com esta tirada ficámos todos a saber o que ele tem na cara: Não é um vulgar moustache, é o rabo de fora de um rufia.

Num país onde os ministros da educação têm vida curta - enquanto os dirigentes sindicais do sector duram até à reforma -, quem manda na educação não são os ministros…
Estas manifestações visam perpetuar esse estado de coisas. Nunca resolveram qualquer problema da educação.
Bem pelo contrário.

6 Comentários:

Às 10/11/08, 20:21 , Anonymous Anónimo disse...

Maria de Lurdes Rodrigues, excepcionalmente, está prestes a cumprir o seu mandato, na íntegra.
Haverá nela alguma diferença, não é mesmo??

 
Às 11/11/08, 15:08 , Blogger Ruy Ventura disse...

Lamento muito este seu texto, porque mostra falta de informação: há meses que os sindicatos apresentam um modelo alternativo de avaliação, QUE DISTINGUIRÁ OS BONS DOS MAUS PROFESSORES, e o ministério não quer discuti-lo sequer. Quanto à senhora ministra o que ela não tem é, decerto, vergonha na cara, pois se a tivesse teria dito que as escolas estão em convulsão generalizada. Além disso apontaria que são os professores que estão a levar os sindicatos à manifestação e nunca o contrário. Uma pessoa que mente deliberadamente terá vergonha?

 
Às 11/11/08, 17:37 , Blogger j disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
Às 11/11/08, 17:41 , Blogger j disse...

Ninguém pode, preconcebidamente, afirmar que a maioria dos professores não presta.
Ninguém de bom-senso pode dizer que os resultados obtidos, na maior parte das escolas, são ao menos satisfatórios.
Acho que podemos concluir que deve haver muitos e grandes problemas para ultrapassar, de modo a podermos ter um ensino capaz e que responda às reais necessidades do país.
Nunca vi uma tão grande manifestação de professores a exigir um ensino deste tipo.
Mas, se com o mesmo grupo de responsáveis máximos, há escolas com bons resultados e escolas com maus resultados, só posso concluir que há agentes de ensino que não prestam e outros que devem ser estimados, motivados e apresentados como exemplo.
Não me parece que a culpa principal esteja nas sucessivas equipas ministeriais dos últimos anos. O que não significa que não haja da parte destas uma enorme responsabilidade pelo estado a que chegou o ensino.
Mas também não me parece que a forma e o conteúdo das lutas dos professores contribuam minimamente para modificar o estado das coisas. Talvez tenham como resultado que tudo fique como dantes, por falta de coragem de assumir o risco de uma necessária profunda reforma.
Quanto à falta de vergonha e à mentira, o melhor é cada parte calar-se porque, certamente, a sem-vergonha é comum...

 
Às 11/11/08, 17:50 , Blogger José Ferreira Marques disse...

Compreendo que os professores não gostem deste texto. Mas as juras (tardias) de quererem ser avaliados esbarram com a verdade histórica: os sindicatos têm boicotado sistematicamente todas as tentativas de reforma do ensino público.
Embora os professores e os sindicatos tenham o direito de manifestar a sua discordância, é o governo que tem a competêdncia e a legitimidade para definir e pôr em marcha as reformas necessárias ao ensino público.
Boicotá-las, não é uma atitude democrática.

 
Às 12/11/08, 10:02 , Blogger MFerrer disse...

Com estes comportamentos fica provada muita coisa:
Os professores não querem ser avaliados, pq isso rompe com o status de falta de hierarquia e de responsabilização nos resultados obtidos e o fim das excessivas irresponsabilidades funcionais e disciplinares.
A maioria opôe-se à ligação à comunidade e à observação parental na Escola. porque será?
É por serem duma classe à parte?
Finalmente para não me alongar, a sua captura pela esquerda irresponsável e difamatória não lhe sprofetiza nada de bom.
Ainda uma palavra para certos oportunismos e protagonismos: As companhias em que o Manuel Alegre anda como Guinotes e Benaventes só podem conduzi-lo à miséria intelectual e à maior das irresponsabilidades.
O que se passou ontem em Fafe, com alunos e professores a insultar e agredir a Ministra da Educação, atinge a Democracia tal como as cenas na A. da Madeira.
Este País ou se governa com maioria absoluta ou continua a ser a anedota da UE.
Um forte concorrente com a Gâmbia!
MFerrer

 

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