terça-feira, junho 05, 2007

Direito à justiça

Não fica mal a um autarca, ou ao detentor de qualquer cargo público electivo, que se demita ou suspenda funções, caso de lhe seja aduzida acusação por crime.

Também é de esperar que o partido ou coligação que o fez eleger o pressione nesse sentido, afastando desse modo as suspeições que a sua continuidade no cargo levantaria.

Porém, produzir legislação que torne automática essa demissão, antes da justiça se pronunciar, além de violar princípio da presunção de inocência, pedra basilar do estado de direito, é bem reveladora da hipocrisia dos partidos no combate à corrupção.

Se a justiça é lenta, que se acelerem os processos, mas ninguém se pode substituir às decisões dos tribunais, nem penalizar os cidadãos, com base na sua lentidão.

1 Comentários:

Às 05/06/07, 14:14 , Blogger j disse...

Por vezes, assaltam-me sérias dúvidas de que estejamos mesmo a caminhar para um Estado policial.
Onde já se viu pensar sequer numa tão tremenda bacorada justicialista?
Realmente, já não é de admirar que se pretenda tomar os nomes de todos os que fizeram greve. E porque não perguntar também qual a religião que praticam e em que partido votam?!?!?!

 

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