quinta-feira, maio 24, 2007

A Ota e as piadas de Mário Lino

Com a frontalidade que o caracteriza, ontem, o Ministro Mário Lino explicou mais uma vez as razões porque a localização do Aeroporto Internacional de Lisboa na margem sul do Tejo é desaconselhável e teria como resultado um crime ambiental com graves consequências para o futuro do país:

- Mais de 70% dos utentes do futuro aeroporto residem ou destinam-se à margem norte.
– Situam-se na margem norte as infra-estruturas, urbanas e outras, indispensáveis ao futuro aeroporto
- As zonas da margem sul, referenciadas para o futuro aeroporto, são corredores (aéreos) de aves migratórias.
- As áreas da margem sul, apontadas para o futuro aeroporto, situam-se sobre o maior lençol de águas subterrâneas da Península Ibérica.

Perante o autêntico crime de lesa pátria, que seria a construção de um aeroporto de dimensões gigantescas nestas condições, os detractores da Ota e a oposição, em vez de refutarem com argumentos as afirmações do ministro, exigem-lhe desculpas por ter dito (disse?) que a margem sul era um deserto.

Como diria Pacheco Pereira, “isso não era o essencial…”

3 Comentários:

Às 24/05/07, 23:07 , Anonymous Anónimo disse...

AEROTORTO(S)...

 
Às 27/05/07, 12:56 , Blogger j disse...

É realmente uma tristeza.
O maior partido da oposição, o PSD que tantos tiros tem dado no pé, não tem feito outra coisa senão dizer que não. Não é a palavra que mais se tem ouvido da boca dessa fantasmagoria em pessoa, que é o seu presidente.
Nessa linha, se situa o seu pensamento relativamente ao novo aeroporto de Lisboa. Não há uma discussão séria de qualquer alternativa à Ota. Não há qualquer estudo conhecido que aponte, com seriedade, para outra qualquer
localização. Não há qualquer justificação válida, a nível macroeconómico, para situar o novo aeroporto a sul do Tejo.
O que há é um sistemático Não à seriedade com que este executivo tem abordado o problema. O que há é uma tentativa para descartar as próprias responsabiliddes na definição da Ota como o local há muito escolhido e na incapacidade para pôr em execução a escolha há muito feita. O que há é o aproveitamento ignóbil de alguns lapsi linguae, nem sempre apropriados, para confundir os espíritos pouco dados à prática do senso crítico. O que há é um gigantesco esforço, partilhado pela comunicação social entregue às mais retrógradas forças sociais, para tapar o sol com a peneira.
A verdade é que a democracia portuguesa precisa dos partidos portugueses, mas o país precisa que nos partidos haja gente séria, gente capaz, gente confiável, para que os partidos voltem a aparecer aos olhos do povo como as entidades que o poem efectivamente representar.
É caso para dizer: se há gente com capacidade de decisão, porra! deixem-nos trabalhar!

 
Às 27/05/07, 20:00 , Anonymous Anónimo disse...

Com os deputados sem fazerem qq trabalho de casa, (PSD = PS) não admira:
/RELATÓRIO DA ANA (1994)

“Da comparação das quatro opções consideradas, conclui-se”:

Da análise global de um conjunto de aspectos objectivos, a melhor opção é Montijo B e a PIOR a Ota;
No aspecto operacional a melhor opção é o Rio Frio a e a PIOR a Ota;
Na perspectiva da engenharia a melhor é Montijo B e a PIOR a Ota;
No aspecto ambiental a melhor é Rio Frio e a pior é Montijo A;
Na perspectiva da acessibilidade a melhor é o Montijo A e B e a pior Rio Frio *;
No aspecto do esforço financeiro nas infra-estruturas e da própria TAP a melhor é Montijo B e a PIOR a Ota;
Na perspectiva da operação simultânea com a Portela e dos investimentos inerentes a melhor solução é o Montijo B e a PIOR a Ota.

Conclusões da ANA de 1994, esmagadoras para a decisão do governo em 1998/99, que, com base no risco de colisão com aves, conduziu à precipitada escolha da Ota (Engº AM/ADFER).

* Sem contar com a ponte Vasco da Gama e o futuro acesso do TGV/Madrid a Lisboa.
Com a brilhante intervenção do Ministro Jamais (jamé), comprovada a elevada visão estratégica do regiem. Em vez de um razoável perímetro de desenvolvimento a sul – de Lisboa à fronteira pelo vale do Tejo, passando por Elvas/Badajoz, Alqueva, Évora, Sines, Setúbal/Tróia, o aumento do peso da zona a norte do Tejo. Um novo condado portucalense.
Custos (Relº ANA): Esforço financeiro/Sector Público (valores 1994): Ota, 311 Milhões de contos; Rio Frio, 255 Mc. Amanhã para a Ota, um Titanic 3.100Meuros (620Mc).
Hoje: Ota = 3.100 Milhões / Rio Frio = 2.300 Milhões
O resultado da cobardia e ignorância de Cravinho (e Guterres?) em 1998/99, perante as influências dos ambientalistas e a comunicação social.

Mas para pior, esperemos pelo TGV Lisboa-Porto.

 

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