sexta-feira, outubro 20, 2006

Bodes expiatórios

Tenho respeito pelas pessoas que morreram na queda da ponte de Entre-os-Rios e pela dor das suas famílias.

No entanto, atendendo às circunstancias em que ocorreu o acidente, sempre pensei e penso que o apuramento de responsabilidades não era (apenas) uma questão para os tribunais. Pelas declarações que ouço por parte dos familiares das vítimas, também eles se sentem incomodados ao ver os anciãos que o Ministério Publico sentou no banco dos réus.
Como se a queda da ponte centenária sobre o Rio Douro não fosse da responsabilidade de toda uma cultura laxista que se instalou na máquina do estado, a qual, a julgar pelas opiniões de alguns lideres partidários e pelas palavras de ordem das manifestações que entopem as ruas, tem ainda muitos defensores.

Mandar os bodes expiar as culpas da tribo é uma prática antiga.

3 Comentários:

Às 20/10/06, 22:01 , Anonymous Anónimo disse...

É verdade. Eu penso que a culpa é de todos. Não só de quem construiu a ponte que não poude prever o seu fim nem dos que ao seu fim assistiram sem que nada pudessem ter feito. De permeio ficam todos aqueles que a viram abanar e que cruzaram os braços sem nada terem podido fazer ainda que o tivessem pensado, nada podia fazer crer.

 
Às 21/10/06, 02:17 , Anonymous Anónimo disse...

OLÁ. Sou escritor e meu proximo livro deve se chamar "a forma e o conteúdo". pesquisando na net encontrei teu blog. Podes me informkar o por que deste título no teu interessante e bem escrito blog ?

 
Às 22/10/06, 17:41 , Blogger José Ferreira Marques disse...

Paulo Farias:
Agradeço o seu comentário. Quanto ao nome deste blogue (A Forma e o Conteúdo)não é apenos um nome. Serve também de orientação para a selecção dos temas a tratar, sem abdicar da qualidade formal.

 

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