terça-feira, julho 11, 2006

Borrar a pintura

A selecção de futebol é merecedora do aplauso dos portugueses e tanto o Presidente da República como o Primeiro-ministro o reconheceram publicamente.

Mas Gilberto Madail não se satisfaz com aplausos e quer que os prémios atribuídos aos jogadores fiquem isentos de IRS, “porque a selecção contribuiu para a «divulgação e prestígio» do país”.
Foi pena que o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol se tenha esquecido de dizer que são os próprios jogadores quem mais beneficia com uma boa prestação da selecção.

O Ministro das Finanças respondeu-lhe à letra: "Quem cumpre com profissionalismo e dedicação aquilo que é suposto cumprir e fazer, deve bastar o reconhecimento público pelo bom resultado e desempenho que teve".

De facto, o cumprimento das obrigações fiscais é um padrão essencial para avaliar da maturidade cívica de uma sociedade e os jogadores de futebol são cidadãos como os outros.
Daí que a oportunista pretensão de os isentar das correspondentes obrigações fiscais seja uma reminiscência da mentalidade terceiro-mundista que afecta uma parte da nossa sociedade e, notoriamente, a Federação Portuguesa de Futebol.
Se insistir no requerimento, vai borrar a pintura.

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