sábado, junho 10, 2006

Abusos

O Público noticia que o tribunal não reconheceu à “Associação pró-vida "Mulheres em Acção" legitimidade para requerer a suspensão da venda da pílula do dia seguinte.
Segundo o mesmo jornal, a dita associação “requereu em Janeiro uma providência cautelar para suspender a venda da pílula do dia seguinte Norlevo (em dosagem de 1,5 miligramas), argumentando que a bula que acompanha o fármaco é omissa quanto a eventuais danos para a saúde das menores de 16 anos.”

Os cidadãos são livres de formar associações e imaginação não falta aos que se arvoram em representantes dos outros. Desde a “Associação dos cidadãos motorizados” até à “Associação dos utentes da Linha de Sintra”, temos associações para tudo. Em geral, são meras siglas que dão voz a arrivistas em busca de tempo de antena que não representam ninguém.
Podem algumas mulheres em acção dispensar a pílula do dia seguinte, mas não é por se constituírem em associação que se lhes reconhece legitimidade para impedir que outras a tomem.
Quanto aos danos para a saúde, obviamente que é preferível confiar no Infarmed do que em organizações confessionais avessas à ciência.

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