terça-feira, maio 09, 2006

Precariedade e incompetência

Nos últimos anos tem sido irresponsavelmente defendida a ideia de que a melhoria da economia e o crescimento das empresas são incompatíveis com a estabilidade do emprego e os contratos de trabalho de prazo indefinido.

Em Espanha, cuja economia cresce o dobro da média europeia, acaba de ser anunciada uma reforma laboral cuja consequência imediata é a passagem de mais de um milhão de trabalhadores com contratos a prazo para contratos a termo indefinido.
A matriz essencial desta reforma vai contra a precariedade dos contratos de trabalho e foi obtida por consenso.
Em Espanha, os empresários vão mudando pouco a pouco a sua cultura, e são cada vez mais os que pensam que “a precariedade é negativa, tem custos importantes e não convém às empresas”.

Enquanto o nosso meio empresarial, incluindo as grandes empresas estatais e os bancos, continua a apostar nos contratos a prazo e em liberalizar os despedimentos, não deixa de ser sintomático que aqui mesmo ao lado se caminhe em sentido contrário. Talvez por isso as perspectivas de crescimento são incomparavelmente superiores às nossas.
Porém, em Portugal, a incompetência dos gestores sempre foi um ónus dos trabalhadores.

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