segunda-feira, abril 24, 2006

"Os caminhos de Katmandu"

Longe vão os tempos em que “os caminhos de Kathmandu” inspiravam os artistas e convidavam à meditação. Agora os fumos da guerra pairam sobre os Himalaias e quem por lá passa só ouve os gritos dos feridos e agonizantes.
Encravado entre a China (Tibete) e a Índia, países que se perfilam como as grandes potências do século XXI, era fatal que a influência destas repúblicas se fizesse sentir no obsoleto reino do Nepal.
Em Pequim, ainda se respeita a memória de Mao Tse Tung e por enquanto ninguém se atreve a criticar os maoistas nepaleses. Mas Nova Deli nunca apreciou o bafo do dragão chinês e preferirá no Nepal uma democracia selectiva, como a que a Índia herdou dos ingleses.
O drama é que nenhum dos modelos parece encaixar nos planos do monarca nepalês que continua a apostar nas cargas policiais para calar a contestação das ruas.
Porém, os mortos já são demais para sair vitorioso.

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