sábado, março 25, 2006

Insólito (II)

Há um ano, achámos insólito que um homem, suspeito da morte de dois polícias na Amadora, tivesse sido preso poucas horas depois sem oferecer qualquer resistência, apesar de estar rodeado de um sofisticado arsenal.
O julgamento deste homem está em curso, mas até agora não foi esclarecida a proveniência do referido arsenal.

Vem isto a propósito da rede de tráfico de armas que a PSP terá desmantelado recentemente. Ainda não se sabe ao certo a quantidade de armas apreendidas – muitas centenas seguramente – mas dá para fazer uma ideia do arsenal que ao longo de vinte anos entrou ilegalmente em Portugal.

A maioria dessas armas foi com certeza encaminhada para os circuitos da criminalidade violenta, de que as próprias forças de segurança têm sido vítimas e contra a qual várias vezes se têm manifestado.

Ironicamente sabe-se agora que por detrás desse tráfico havia gente da PSP, mas as ramificações estão ainda por desvendar, embora se suspeite da conivência de armeiros e do envolvimento de « patrões da noite ».

Se as investigações avançarem, não me surpreenderá que se descubram ligações ao tráfico de droga, imigração ilegal, prostituição e outras formas de delinquência.
O polvo tem muitos braços…

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