terça-feira, janeiro 03, 2006

"Nas costas dos outros vejo as minhas"

Há alguma má consciência no desconforto com que a Europa observa a “Guerra do Gás” entre a Rússia e a Ucrânia.

Guiados por um nacionalismo magoado por décadas de submissão a Moscovo, os estados que se desligaram da antiga Federação das Republicas Socialistas e Soviéticas vão reforçando os laços com os países ocidentais, inimigos históricos da sua antiga potência.
A Rússia vê-os bater às portas da Nato e da União Europeia e vai contendo o orgulho ferido, isolada na imensidão gelada para onde o fim da guerra-fria a atirou.

Mas, como aconteceu com Hitler e com Napoleão, o Inverno foi mais uma vez o aliado dos russos que não deixaram escapar a oportunidade de fazer sentir à Ucrânia o custo do seu afastamento. Se os ucranianos querem ir para a Nato, que paguem o gás ao preço da Alemanha e da Itália, ou morrem ao frio.

Por cá também há uma guerra qualquer por causa da energia. Tal como aconteceu com a Galp, espero que o governo ainda esteja a tempo de manter o controlo da EDP em mãos nacionais, não vão os espanhóis cortar a luz.

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