segunda-feira, novembro 21, 2005

Todos p'ró golfe

A sugestão de Jorge Sampaio de “levar o golfe às escolas” foi imerecidamente criticada por comentadores de vistas curtas que não alcançam horizontes presidenciais.
De facto, trata-se de uma ideia brilhante que mata dois coelhos duma cajadada, ou tacada se preferirem.
Se espalharmos campos de golfe nas áreas ardidas, por um lado disfarçamos aquele horrível tom acastanhado que cobre as nossas serras e, por outro, acabamos de vez com os fogos florestais, pois toda a gente sabe que um campo de golfe, além de ser verde, é incombustível.
É certo que criávamos um problema às televisões que deixavam de ter directos incandescentes e “meios aéreos a sobrevoar a área ardida”, mas podíamos substituí-los por campeonatos de golfe, como foi sugerido noutro blogue.
Se mesmo assim considerarem a ideia estapafúrdia e argumentarem que no Verão a água não chega para matar a sede aos rebanhos, façam contas à que os bombeiros lançam sobre os fogos que ardem até acabar a lenha. Quantos campos de golfe se regavam com essa água…

Esta é mais uma razão para aumentar os poderes do Presidente da República, pois ninguém está a ver este governo, ou outro, a fazer um campo de golfe em cada freguesia.
Por outro lado, como o PR muito bem sabe, ao preço a que estão as jóias dos clubes de golfe, se não for através do orçamento, quem é que lá pode chegar?

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