quarta-feira, novembro 23, 2005

Ota, os Lusíadas e o ADN

Não me surpreende esta discussão sobre os aeroportos. Olhando para a nossa iniciativa privada percebe-se que a hesitação faz parte do nosso ADN. Também nos descobrimentos nos dividimos: enquanto uns iam nas caravelas, outros resmungavam no cais, diz-nos Camões.

Por mim também preferia que ficasse tudo como está. Habituei-me à Portela desde o tempo em que ia para o varandim ver aterrar os Superconstelations e fica mesmo a jeito para esperar a família que se pela por viajar. Porém, se a Portela não suporta o tráfego que aí vem, é natural que se construa um novo aeroporto.

Não tenho conhecimentos específicos que suportem a defesa desta ou daquela localização, mas do mesmo mal padece a generalidade dos opositores do aeroporto da Ota.
Entre eles e um “Excelente Primeiro-ministro”, no dizer de Belmiro de Azevedo, eleito pelo povo, não hesito.
A minha esperança é que, quando o novo aeroporto ficar pronto, o tráfego já tenha aumentado tanto que não se possa dispensar a Portela.

1 Comentários:

Às 23/11/05, 12:28 , Anonymous Anónimo disse...

O meu refúgio, em Lisboa, fica apenas a dez minutos do Aeroporto da Portela. Tal comodidade é, para mim e para a minha família, uma bênção dos céus. Daí que, se os aviões que nos levam tiverem que ir aterrar para outras pistas será, forçosamente, para as do “aeroporto do nosso descontentamento”.
Posto isto, deixemo-nos de lérias: — que seja na Ota ou em Alguidares de Baixo, Lisboa precisa de um aeroporto com capacidade para responder às necessidades do futuro. E, no meu pobre entender, não é “quando o futuro nos bater à porta” que se vai arrancar com semelhante empreitada.
Tal como o blogger, não percebo patavina de aeroportos. Mas ainda percebo menos que, quando se está no poder, se diga, e quando de lá nos tiram, se desdiga.

VHC

 

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