sexta-feira, agosto 26, 2005

O maestro e o solista

Sempre que alguém apontava o dedo a algum autarca mais desafinado, lá vinha o chefe da banda de batuta em punho, intimidando o delator.

Que na banda ninguém desafinava até se provar o contrário”, garantia exigindo a identificação das escalas, dos sustenidos e dos meios-tons por onde as notas se teriam transviado.

A propósito das denúncias feitas pelo autarca do Porto, Paulo Morais, lá voltou a terreiro o chefe da banda a exigir provas.

Nalguns casos as provas têm aparecido e não temos registo de alteração das partituras. Bem pelo contrário.
Enfim, embora discordemos, a sua atitude não diverge do corporativismo reinante.

O que não se entende é que o recém-empossado director do Diário de Notícias venha afinar pelo mesmo diapasão, considerando “um péssimo serviço à democracia” que o autarca tenha falado “sem apresentar as necessárias provas.”

Para que isto não descaia para o surrealismo, é urgente que alguém esclareça este senhor de que ele é que está a pôr em causa a liberdade e a democracia.

2 Comentários:

Às 26/08/05, 23:58 , Anonymous Anónimo disse...

” Salut” José Marques.
O que digo a seguir abrange, também, ” Os Telhados de Vidro”.
Após umas férias longas mas pacatas, tinha prometido a mim mesmo voltar aqui paulatinamente, esquivando-me, se necessário fosse, a transições brutais. Mas como é possível?! – Na minha terra as sondagens indicam que a maioria dos votos vai para o Rio, Mário Soares retoma a batuta porque o Manuel Alegre não perde aquele ar triste e o PSD continua convencido que tem o monopólio da palermice.
Bolas, é muito para uma ” rentrée”.

VHC

 
Às 27/08/05, 11:19 , Blogger José Ferreira Marques disse...

Ainda bem que voltaste pois já sentia a falta da tua companhia.
Um abraço

 

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