segunda-feira, agosto 01, 2005

“Cada um colhe segundo semeia”

A crise de liderança política, que foi posta a nu pela inevitabilidade das candidaturas do Dr. Mário Soares e do professor Cavaco Silva, devia dar que pensar aos dirigentes partidários.
Muitos, talvez a maioria, dos políticos abaixo dos 50 anos – inclusive o Primeiro Ministro – passaram pelo crivo das juventudes partidárias e era de esperar que a “ética e a educação política” por elas ministradas tivessem produzido quadros e homens de estado dedicados à causa do país, suportados naturalmente pelos valores políticos e sociais do respectivo ideário partidário.

Porém, o que as conhecidas “Jotas” nos têm dado, são alguns arrivistas sem substância, que se subordinam à lógica dos aparelhos e fazem eco de ideias gastas, não trazendo nada de novo para a arena política, para além das suas irrelevantes e dispensáveis figuras.
Aliás essas agremiações partidárias, nomeadamente as dos grandes partidos, são tidas como agências de emprego, sem que isso provoque escândalo de maior num estado que se reclama de direito, mas que, infelizmente, o atropela a cada passo.

Não admira por isso que, se não se arrepiar caminho, comecemos a ser governados por gerações de lateiros partidários a quem nunca passou pela cabeça pôr os interesses do país à frente dos seus, nem tão pouco se lhes consegue detectar qualquer resquício de sentido de estado.

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