sexta-feira, agosto 12, 2005

Aerogramas



O avião cirandava em círculos atirando os sacos a cada passagem até esgotar a carga…
O saco do correio era disputado pelos mais saudosos. As cartas e os aerogramas eram distribuídos, e cada um se sentava no seu canto, canhota ao lado, a ler no meio do capim, ou numa clareira da floresta.”
( in Bichos do Mato)

Por vezes, na guerra colonial, o correio caía literalmente do céu e havia tréguas para ler os aerogramas. Era uma folhinha amarelada, também conhecida por “bate-estradas”, onde era “proibido incluir qualquer objecto ou documento”, que se dobrava, formatando um envelope. No endereço, apenas o nome do destinatário e o número SPM (Serviço Postal Militar) que identificava cada unidade militar.
Foram usados massivamente durante toda a guerra e muitos casamentos se fizeram (e desfizeram) com base nas mensagens que transportaram.

Nos dias de hoje não teriam o mesmo sucesso. Na era dos blogs e do e-mail, já ninguém dispensa a comunicação interactiva, embora se levantem outros problemas como refere o artigo do Washington Post que analisa as consequência da utilização de blogs pelos soldados americanos destacados no Iraque.

Salvaguardadas as naturais preocupações com a segurança da informação em tempo de guerra, os blogs dos soldados americanos vêem a guerra por dentro, e dão uma visão bem diferente da que é dada pelos jornais e televisões sobre o que se passa no Iraque.

1 Comentários:

Às 16/08/05, 18:50 , Blogger j disse...

Mais um dos "perigos" terríveis dos blogs...
(jcm)

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial