quinta-feira, junho 09, 2005

Um futuro de marcha atrás

"...o não francês e o não holandês são também o resultado da arrogância e da xenofobia e da ingratidão e nada auguram de bom para o futuro da Europa...o que se prepara é um futuro pouco radioso e em marcha-atrás." (Clara Ferreira Alves - Diário Digital)

3 Comentários:

Às 09/06/05, 11:52 , Anonymous Anónimo disse...

Caríssimo José Marques,
Há, no excerto que utilizas, o termo “também”, que é muito importante e que, na minha opinião, reduz o fenómeno da xenofobia à dimensão que ele tem, no conjunto das razões que estão na origem do “não”.
Estou de acordo com as linhas gerais do artigo de Clara Alves, designadamente quando ela diz:

"Muitos dos franceses que votaram não, votaram não contra a Europa mas contra os políticos da Europa, não contra a União Europeia ou a sua Constituição mas, contra o modo como os políticos forjaram essa União e essa Constituição nas suas costas."
e
"O que se referendou em França, em particular, foi a aceitação de Jacques Chirac e do seu Governo, e por isso ele caiu no dia seguinte. O que se referendou em França e na Holanda foi, também, a desconfiança dos políticos e o medo que esses políticos, em nome de uma Europa alargada que nunca foi devidamente explicada aos europeus..."

E se o “não” for o fim da Europa burocrática, tanto melhor! Quanto ao futuro, não estou muito pessimista,

 
Às 09/06/05, 14:17 , Blogger José Ferreira Marques disse...

Meu caro Victor Hugo:
Dizer que se votou contra os políticos da Europa e não contra a Europa é uma bizantinice.
Eu tenho uma teoria mais é psicológica: a justificação do NÃO por questões internas, é a desculpa para o remorso dos bem-pensantes.
Há teorias para tudo...

Um abraço.

 
Às 10/06/05, 00:00 , Anonymous Anónimo disse...

Ah! Meu caro José Marques,
Venha o diabo dizer o que é e o que não é bizantino naquilo que escreve a Clara Ferreira Alves! Ou melhor, o que o é e o que o não é em toda esta questão do tratado constitucional!
Tínhamos, aqui, pano para mangas. Mas se o meu optimismo vier a revelar-se injustificado (o que não espero) serei o primeiro a ir a Toledo, perdão, a Lisboa de corda ao pescoço, para dar a mão à palmatória.
Um grande abraço.

 

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