quinta-feira, abril 21, 2005

Menos Portugais

Não sei se alguma vez os seus companheiros de partido irão reconhecer o mérito de José Pacheco Pereira na desejada regeneração do PSD. Só um partido caudilhista seria insensível à vantagem de contar nas suas fileiras com uma voz esclarecida, embora nem sempre cómoda, como a dele. Os artigos publicados no Público, felizmente disponibilizados por ele aqui, são disso exemplo.

É indispensável que os militantes dos partidos se convençam duma vez por todas que os partidos só têm razão de existir se puserem os interesses do país à frente dos das facções ou grupos que se acolhem à sua sobram, por muito legítimos que possam ser, e nem sempre são, diga-se.
Em teoria, ninguém põe isto em causa, mas, com frequência, resulta o contrário e nos últimos tempos o PSD tem sido muito permeável a influências perniciosas. A tomada do leme por Marques Mendes prometeu outros rumos. Porém, no seu primeiro afrontamento com os barões, desiludiu muita gente das próprias fileiras.
Aprovar a lei da limitação de mandatos agora, para entrar em vigor só daqui a doze anos é algo que ninguém vai levar a sério e não melhora nada a periclitante credibilidade dos políticos (e do PSD).
Por este andar, haverá cada vez menos portugais no PSD, contrariando os desejos de JPP.

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